quinta-feira, 31 de outubro de 2013

História da introdução do vestibular no Brasil


Imagem meramente ilustrativa



As primeiras escolas superiores no Brasil foram criadas a partir de 1808, quando a família real portuguesa se estabeleceu no país. Para ingressar nessas instituições o candidato precisava ter a idade mínima de 16 anos e passar pelos exames de madureza.

Instituído no Brasil em 1911, o vestibular sofreu muitas modificações, já passou por dezenas de leis, decretos, portarias e resoluções. No início, o sistema era o mais elitista e excludente possível, só entrava na universidade quem tinha cursado um colégio tradicional. 

Neste mesmo ano, uma comissão de instrução pública, preocupada com a falta de preparo dos estudantes que chegavam ao ensino superior, apresentou na Câmara Federal um projeto de reformas. Havia calouros de direito que desconheciam completamente o latim e escreviam o português como crianças de grupo escolar, rapazes que se dirigiam às escolas de engenharia eram obrigados a repetir o curso de matemática, por ser quase nulo o seu preparo nos primeiros elementos da aritmética, da álgebra e da geometria, candidatos aos cursos médicos que mal sabiam o que era a física e a química, estes foram alguns argumentos dos integrantes dessa comissão, na época. Neste ano, o ministro da Justiça e dos Negócios Interiores, Rivadávia da Cunha Corrêa, decidiu fazer um exame para selecionar quem poderia entrar nas universidades públicas, chamava-se "Concurso de Habilitação para Ingresso nas Faculdades".

A palavra vestibular só apareceu quatro anos depois, em 1915, quando os ensinos secundário e superior foram reorganizados na República Velha. O exame vestibular era feito em duas provas, uma escrita e outra oral. A prova escrita consistia na tradução de um trecho de autor clássico francês e de um livro fácil de inglês, sem auxílio de dicionário, e a prova oral sobre elementos de fisiologia e logica, história universal e história da filosofia.


Significado

Vestibular vem de vestíbulo, o espaço existente entre a porta de entrada e as principais dependências de uma casa. Ao passar dos anos, esse espaço transformou-se na estreita e obrigatória passagem pela qual deveriam passar os candidatos que pretendessem cursar as poucas carreiras existentes da época.

Em 1961, a lei que ficou conhecida como de Diretrizes e Bases deu equivalência a todos os cursos de grau médio para entrada nos cursos superiores. Os cursinhos pré-vestibulares surgiram nesse momento, quando o número de excedentes - os candidatos que mesmo conseguindo as notas mínimas exigidas para entrar na universidade não conseguiam vagas nas faculdades - tornou-se muito grande.

Foi nessa época também que começaram a proliferar as universidades particulares, algumas apresentando um ensino de qualidade duvidosa. Os exames, de tão concorridos, já não cabiam nas salas das faculdades e começaram a ser feitos em grandes espaços, como no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, ou no Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo.


Unificação

Por causa dessa explosão do público universitário, grupos de professores criaram, a partir de 1964, voluntariamente, fundações como Cescem, Cescea e Mapofei, responsáveis pela seleção de alguns cursos da USP e de outras instituições, como Mauá e FEI.

A unificação ocorreu apenas em 1976, com a criação da Fuvest que unificou os vestibulares da Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Essa unificação durou apenas até 1983 quando a Unesp se desvinculou. Em 1985 a Unicamp fez o mesmo.


Enem

Criado em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica. Podem participar do exame alunos que estão concluindo ou que já concluíram o ensino médio em anos anteriores.

O Enem é utilizado como critério de seleção para os estudantes que pretendem concorrer a uma bolsa no Programa Universidade para Todos (ProUni). Além disso, cerca de 500 universidades já usam o resultado do exame como critério de seleção para o ingresso no ensino superior, seja complementando ou substituindo o vestibular.

Em 2013, o Ministério da Educação apresentou uma proposta de reformulação do Enem e sua utilização como forma de seleção unificada nos processos seletivos das universidades públicas federais.

A proposta tem como principais objetivos democratizar as oportunidades de acesso às vagas federais de ensino superior, possibilitar a mobilidade acadêmica e induzir a reestruturação dos currículos do ensino médio.

As universidades possuem autonomia e poderão optar entre quatro possibilidades de utilização do novo exame como processo seletivo:

• Como fase única, com o sistema de seleção unificada, informatizado e on-line;

• Como primeira fase;

• Combinado com o vestibular da instituição;

• Como fase única para as vagas remanescentes do vestibular.


Leia também;

STF determina que Estado de São Paulo adapte escola para alunos com deficiência.


Fontes: Ministério do Meio Ambiente e jornal O Estado de São Paulo.



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Marcelo Gil é Corretor de Imóveis desde 1998, registrado no Cadastro Nacional de Avaliadores do Cofeci. Especialista em Financiamento Imobiliário e Perito em Avaliações Imobiliárias com atuação no Poder Judiciário do Estado de São Paulo. Pós-graduando em Docência no Ensino Superior no Centro Universitário SENAC. Gestor Ambiental, inscrito no Conselho Regional de Química da IV Região, graduado pela Universidade Católica de Santos com Menção Honrosa na área ambiental, atribuída pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas - IPECI, pela construção e repercussão internacional do Blog Gestão Ambiental da Unisantos. Técnico em Turismo Internacional desde 1999. Pesquisador. Agente Intermediador de Negócios. Associado a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor - ProTeste. Associado ao Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - IDEC. Membro da Academia Transdisciplinaria Internacional del Ambiente - ATINA; Membro da Estratégia Global Housing para o Ano 2025. Membro do Fórum Urbano Mundial - Urban Gateway. Membro da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis. Membro do Grupo de Pesquisa 'Direito e Biodiversidade' da Universidade Católica de Santos. Membro da Rede de Educação Ambiental da Baixada Santista - REABS. Filiado a Fundação SOS Mata Atlântica e Colaborador do Greenpeace Brasil.


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terça-feira, 29 de outubro de 2013

PUC-Rio abre inscrições para mestrado e doutorado em cursos de Exatas


Imagem meramente ilustrativa



O Centro Técnico Científico da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (CTC/PUC-Rio) está com inscrições abertas para cursos de pós-graduação na área de Exatas que terão início no primeiro semestre de 2014.

Os cursos com processo seletivo aberto são: Informática, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia de Materiais, Engenharia de Produção, Matemática, Química, Física, Engenharia Urbana Ambiental e Metrologia.

A seleção dos candidatos será feita pela comissão de pós-graduação de cada curso com base no histórico escolar da graduação, cartas de recomendação, curriculum vitae, experiência profissional e entrevista, se necessário.

Durante a pós, os doutorandos deverão redigir, apresentar e defender uma tese que represente trabalho de pesquisa original. Dos mestrandos serão exigidas a redação, a apresentação e a defesa de dissertação em que revelem domínio do tema escolhido, capacidade de sistematização e espírito científico.

Importante polo de ensino e pesquisa científica e tecnológica do país, o CTC conta com cerca de 140 laboratórios especializados. Atualmente, tem 1.200 alunos de pós-graduação e seu corpo docente é formado por aproximadamente 180 professores – a maioria com doutorado no exterior.

Cada curso possui uma data-limite para inscrição, a partir de 1º de novembro. A relação completa dos programas dos cursos, prazos e demais informações podem ser acessadas no link abaixo.


Inscrição


Fonte: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.



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Marcelo Gil é Corretor de Imóveis desde 1998, registrado no Cadastro Nacional de Avaliadores do Cofeci. Especialista em Financiamento Imobiliário e Perito em Avaliações Imobiliárias com atuação no Poder Judiciário do Estado de São Paulo. Pós-graduando em Docência no Ensino Superior no Centro Universitário SENAC. Gestor Ambiental, inscrito no Conselho Regional de Química da IV Região, graduado pela Universidade Católica de Santos com Menção Honrosa na área ambiental, atribuída pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas - IPECI, pela construção e repercussão internacional do Blog Gestão Ambiental da Unisantos. Técnico em Turismo Internacional desde 1999. Pesquisador. Agente Intermediador de Negócios. Associado a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor - ProTeste. Associado ao Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - IDEC. Membro da Academia Transdisciplinaria Internacional del Ambiente - ATINA; Membro da Estratégia Global Housing para o Ano 2025. Membro do Fórum Urbano Mundial - Urban Gateway. Membro da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis. Membro do Grupo de Pesquisa 'Direito e Biodiversidade' da Universidade Católica de Santos. Membro da Rede de Educação Ambiental da Baixada Santista - REABS. Filiado a Fundação SOS Mata Atlântica e Colaborador do Greenpeace Brasil.


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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

BIOTA-FAPESP Educação promove três palestras sobre Ambientes Marinhos e Costeiros.


Imagem de divulgação FAPESP



O Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Recuperação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo (BIOTA) realiza na quinta-feira (24/10), na sede da FAPESP, a partir das 14 horas, três palestras sobre Ambientes Marinhos e Costeiros. Este é o oitavo ciclo de conferências de 2013 sobre biomas e ambientes brasileiros do BIOTA-FAPESP Educação, vertente do programa voltada para a melhoria do ensino da ciência da biodiversidade.

As palestras apresentam dados atualizados sobre o estado desses ambientes e sua conservação, com espaço para debates com a plateia. A programação é aberta a estudantes, alunos e professores do ensino médio, alunos de graduação e pesquisadores.

O ciclo sobre Ambientes Marinhos e Costeiros terá conferências de três professores da Universidade de São Paulo (USP): Mariana Cabral de Oliveira, do Instituto de Biociências; Maria de Los Angeles Gasalla, do Instituto Oceanográfico; e Roberto Berlinck, do Instituto de Química de São Carlos. Os temas tratados são a diversidade, ameaças e uso sustentável da flora e da fauna da costa brasileira e os organismos marinhos como fonte de novas moléculas para a indústria de fármacos e cosméticos.

Os ambientes marinhos e costeiros do Brasil não constituem um bioma porque têm características muito variadas ao longo de mais de 8 mil quilômetros de costa. As paisagens são formadas por praias, costões rochosos, recifes de coral, falésias, dunas, lagoas costeiras, estuários, manguezais e ilhas.

Nestes cenários, uma rica biodiversidade está presente na vegetação rasteira de praias – o jundu –, que sobrevive à salinidade vinda do mar; nas restingas, terrenos arenosos e salinos formados por sedimentação situados na transição das praias para a Mata Atlântica; nos recifes de coral; e no solo lamacento e frequentemente inundado que sustenta a vida dos manguezais nos estuários dos rios.

O uso dessa biodiversidade em atividades como a pesca e o turismo e para a alimentação tem reflexos na cultura e estilo de vida dos habitantes de ambientes costeiros e consequências para a vida de ecossistemas. A concentração de aproximadamente 130 milhões de habitantes na faixa litorânea – 65% da população do país – exerce uma pressão permanente sobre o ambiente, apesar da mobilização da sociedade para preservação de espécies e ecossistemas e dos programas de proteção e unidades de conservação existentes.


Cultura científica e cidadania

O ciclo de conferências BIOTA-FAPESP Educação 2013 apresenta, em linguagem acessível, o conhecimento gerado em 13 anos de pesquisas científicas realizadas pelo programa para aumentar o conhecimento sobre a biodiversidade e criar mecanismos para sua conservação, recuperação e uso sustentável. Desde o início deste ano, as conferências abordaram conceitos, valores e ameaças à biodiversidade e trataram de seis biomas: Pampa, Pantanal, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia.

“A sociedade contemporânea é fundamentada no conhecimento como instrumento de riqueza, e a educação científica, desde a formação fundamental, é crucial para desenvolver capacidades e atitudes indispensáveis à vida dos cidadãos”, diz Carlos Joly, coordenador do BIOTA-FAPESP e pesquisador do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Em 13 anos de pesquisas, o Programa BIOTA-FAPESP caracterizou 12 mil espécies e identificou outras 1.800. Os pesquisadores ligados a mais de 100 projetos apoiados pela FAPESP publicaram 20 livros, dois atlas e mapas. Esse conjunto de informações subsidia a formulação de políticas públicas de conservação ambiental no Estado de São Paulo.


Programação

Inscrição


Fonte: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.



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Marcelo Gil é Corretor de Imóveis desde 1998, registrado no Cadastro Nacional de Avaliadores do Cofeci. Especialista em Financiamento Imobiliário e Perito em Avaliações Imobiliárias com atuação no Poder Judiciário do Estado de São Paulo. Pós-graduando em Docência no Ensino Superior no Centro Universitário SENAC. Gestor Ambiental, inscrito no Conselho Regional de Química da IV Região, graduado pela Universidade Católica de Santos com Menção Honrosa na área ambiental, atribuída pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas - IPECI, pela construção e repercussão internacional do Blog Gestão Ambiental da Unisantos. Técnico em Turismo Internacional desde 1999. Pesquisador. Agente Intermediador de Negócios. Associado a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor - ProTeste. Associado ao Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - IDEC. Membro da Academia Transdisciplinaria Internacional del Ambiente - ATINA; Membro da Estratégia Global Housing para o Ano 2025. Membro do Fórum Urbano Mundial - Urban Gateway. Membro da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis. Membro do Grupo de Pesquisa 'Direito e Biodiversidade' da Universidade Católica de Santos. Membro da Rede de Educação Ambiental da Baixada Santista - REABS. Filiado a Fundação SOS Mata Atlântica e Colaborador do Greenpeace Brasil.


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terça-feira, 15 de outubro de 2013

CULTURA: A história dos fascículos na educação e como ferramenta de disseminação do conhecimento


Imagem do primeiro fascículo da Editora Abril



Em plena ditadura militar, os fascículos inauguraram no Brasil, nos anos 60, uma certa democracia do conhecimento.

Brasileiros de baixo poder aquisitivo passaram a encontrar nas bancas assuntos antes restritos a bibliotecas e livrarias. Em 18 de maio de 1965, por 750 cruzeiros (cerca de 3 reais), a Editora Abril lançava o número 1 de A Bíblia Mais Bela do Mundo, sua primeira coleção em fascículos. Vinte e dois tradutores, quatro revisores críticos e dois revisores literários transformaram os versículos originalmente em hebraico, aramaico e grego num português simples, sem trombetas. Uma empreitada até então inédita no país. Em uma semana foram vendidos perto de 150 mil exemplares. Três anos mais tarde, 80 mil famílias completavam a coleção, concluída com o 150º. volume.

O segundo grande sucesso foi Conhecer, uma "enciclopédia semanal ilustrada" para estudantes do ginasial, com 180 fascículos em treze volumes.

Em 1967, a Abril Cultural - divisão criada um ano antes para cuidar dos fascículos - lançou Gênios da Pintura. No ano seguinte, Grandes Compositores da Música Universal levou discos às bancas. Para isso, foi preciso desfazer uma encrenca jurídica. A legislação não previa essa possibilidade, porque discos, ao contrário de revistas, não eram isentos do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias, o ICM.

Exigência do presidente da Editora Abril, Sr. Victor Civita: "Eu quero um advogado com pelo no peito! Eu lhe digo o que quero fazer, ele me diz como". Solução: os advogados convenceram o ministro da Fazenda, Delfim Neto, a conversar com todos os secretários estaduais da Educação, e o Governo Federal passou a recolher o ICM na fonte (as bancas), redistribuindo-o para os Estados. O primeiro exemplar da coleção, o Concerto Nº. 1 para Piano e Orquestra, de Tchaikowsky, vendeu 270 mil exemplares. Vieram depois 47 compositores.

Nesse período, sob pressão dos militares, muitos professores tiveram de migrar para outras atividades e encontraram refúgio nos fascículos. A Enciclopédia Abril teve mais de oitenta consultores egressos da USP, entre eles Ruth e Fernando Henrique Cardoso. Nos créditos dos fascículos, aparecem ainda nomes como Sérgio Buarque de Hollanda, que coordenou Grandes Personagens da História Universal.

Nessa época, a Editora Abril resolveu despejar também livros nas bancas. "Os Irmãos Karamazov", de Dostoievski, foi o primeiro da série Imortais da Literatura Universal. O sucesso foi retumbante, mas o diretor da Divisão de Fascículos, Pedro Paulo Poppovic, teve que explicar na polícia por que escolheu logo um escritor russo. Imortais foi a primeira de muitas coleções. A campeã de vendas foi "Os Pensadores", de 1972, uma seleção de obras de grandes filósofos, muitas delas inéditas em português. Platão vendeu 100 mil exemplares em quinze dias.

Até 1982, quando a Abril Cultural desligou-se da Editora Abril, transformando-se, três anos depois, na Nova Cultural, foram mais de 50 milhões de fascículos vendidos. Enciclopédias, obras de ciência, artes, história e geografia, edições sobre música popular e erudita, coleções de literatura, filosofia, teatro e poesia, curso de idiomas, beleza e saúde, vida sexual, costura e decoração, culinária (em 1968, Bom Apetite vendeu 1,2 milhão de exemplares na primeira semana) - foram muitos os sucessos da Abril na área dos fascículos. Grandes a ponto de sustentar, por exemplo, os primeiros anos de Veja - marcados por prejuízo.




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Marcelo Gil é Corretor de Imóveis desde 1998, registrado no Cadastro Nacional de Avaliadores do Cofeci. Especialista em Financiamento Imobiliário e Perito em Avaliações Imobiliárias com atuação no Poder Judiciário do Estado de São Paulo. Pós-graduando em Docência no Ensino Superior no Centro Universitário SENAC. Gestor Ambiental, inscrito no Conselho Regional de Química da IV Região, graduado pela Universidade Católica de Santos com Menção Honrosa na área ambiental, atribuída pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas - IPECI, pela construção e repercussão internacional do Blog Gestão Ambiental da Unisantos. Técnico em Turismo Internacional desde 1999. Pesquisador. Agente Intermediador de Negócios. Associado a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor - ProTeste. Associado ao Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - IDEC. Membro da Academia Transdisciplinaria Internacional del Ambiente - ATINA; Membro da Estratégia Global Housing para o Ano 2025. Membro do Fórum Urbano Mundial - Urban Gateway. Membro da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis. Membro do Grupo de Pesquisa 'Direito e Biodiversidade' da Universidade Católica de Santos. Membro da Rede de Educação Ambiental da Baixada Santista - REABS. Filiado a Fundação SOS Mata Atlântica e Colaborador do Greenpeace Brasil.


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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

USP, Unesp e Unicamp disponibilizam produção científica na internet


Imagem meramente ilustrativa



A produção científica das universidades de São Paulo (USP), Estadual de Campinas (Unicamp) e Estadual Paulista (Unesp) poderá ser encontrada e acessada livremente em breve em um único portal na internet. Trata-se do Repositório da Produção Científica do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas, lançado durante a sessão de abertura da 4ª Conferência Luso-Brasileira de Acesso Aberto (Confoa), dia 6 de outubro.

Criado por iniciativa e com apoio da FAPESP, alguns dos objetivos do portal são reunir, preservar e proporcionar acesso aberto, público e integrado à produção científica dos pesquisadores das três universidades estaduais paulistas, que são as que mais publicam artigos científicos no país, de acordo com a última edição do SIR World Report, divulgada em julho pela Scimago Lab.

O portal reunirá teses, dissertações, artigos, livros, resumos e trabalhos completos apresentados em reuniões e congressos científicos, entre outras publicações disponibilizadas pelas três instituições nos repositórios de dados na internet que começaram a desenvolver nos últimos anos.

“A USP começou a criar em 2009 um sistema de gestão de sua produção científica em meio eletrônico – que envolve acesso ao conteúdo, preservação digital e, principalmente, o controle dos direitos autorais – e, no final de 2012, lançou sua Biblioteca Digital da Produção Intelectual”, disse Sueli Mara Soares Pinto Ferreira, diretora do Sistema Integrado de Bibliotecas (Sibi) da USP, à Agência FAPESP.

“Uma vez que fomos a primeira das três universidades estaduais paulistas a iniciar esse processo, a FAPESP começou em 2012 a conversar conosco sobre a possibilidade de desenvolvermos uma estratégia para possibilitar que, além da USP, a Unesp e a Unicamp também tivessem seus repositórios e para criarmos um portal do Cruesp [ Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas] que reunisse os repositórios das três instituições”, contou Ferreira.

A metodologia utilizada na construção da Biblioteca Digital da Produção Intelectual da USP foi seguida pela Unesp para desenvolver seu Repositório Institucional , lançado em fevereiro.

Por sua vez, a Unicamp também começou a desenvolver a sua Biblioteca Digital da Produção Científica e Intelectual, que atualmente está incubada no Sibi da USP e deve migrar, em breve, para o servidor da universidade campineira.

Agora, com os repositórios das três universidades paulistas prontos para operar, a ideia é integrá-los pouco a pouco no portal do Cruesp que conta com uma ferramenta de busca já utilizada pela USP para integrar as bibliotecas digitais de suas unidades.

“A ferramenta de busca do sistema se conecta todos os dias com os repositórios das três universidades, extrai os dados armazenados, desduplica [elimina os duplicados] e os insere na base do portal do Cruesp para que possam ser acessados pelos usuários”, afirmou Anderson de Santana, gestor de acervos do Sibi da USP e um dos pesquisadores participantes do projeto.


Conteúdo inicial

Por enquanto, o portal do Cruesp reúne cerca de 56 mil artigos científicos, publicados entre 2008 e 2012 em revistas indexadas na Web of Science. De acordo com os coordenadores do projeto, a meta é publicar artigos científicos também incluídos em outros indexadores científicos, como o Scopus, além de outros tipos de publicações, como livros, resumos e trabalhos completos apresentados em reuniões e congressos científicos.

Individualmente, as bibliotecas digitais das três universidades já vêm trabalhando com outros conteúdos, que não apenas artigos científicos.

A biblioteca digital da USP, por exemplo, já dispõe de vídeos e dá acesso ao portal de teses da universidade – o maior do país, que será integrado ao portal do Cruesp. O repositório da Unesp também possui, além de artigos, recursos educacionais, livros e teses, entre outros materiais.

“Esses cerca de 56 mil artigos já incluídos no portal do Cruesp representam apenas o embrião do projeto e uma infraestrutura básica para iniciar os trabalhos, a ideia é que as bibliotecas digitais das três universidades comecem a inserir, a partir de agora, cada vez mais materiais no portal”, disse Ferreira.

Desse total de artigos, 29 mil foram publicados por pesquisadores da USP, 25 mil pela Unesp e outros 2 mil pela Unicamp – que ainda possui poucos artigos no portal porque iniciou mais recentemente a gestão de sua produção científica na internet.

Muitos desses trabalhos foram escritos em coautoria – reunindo pesquisadores de mais de uma das três instituições – e são registrados e armazenados no portal do Cruesp como documentos únicos.

 “Os artigos que estão armazenados nos repositórios das três universidades só aparecem uma vez no portal, porque não faria sentido registrá-los três vezes”, explicou Ferreira.

“Se fôssemos somar o conteúdo dos três repositórios, daria mais de 60 mil documentos. Mas, 56 mil documentos únicos já é um número muito expressivo e tende a crescer muito”, avaliou.


Vantagens operacionais

Do total de 56 mil artigos já armazenados no portal do Cruesp, 70% estão disponíveis em acesso aberto e os outros 30% ainda são de acesso restrito às universidades – que são assinantes das respectivas revistas nas quais os trabalhos foram publicados – ou estão embargados pelas editoras para publicação em acesso aberto.

De acordo com os coordenadores do projeto, uma das vantagens da integração dos repositórios das três universidades estaduais paulistas no portal do Cruesp é facilitar o acesso e a busca de informação pelo usuário, que não precisará pesquisar nas bases de dados individuais das três universidades para encontrar um determinado artigo científico.

Além disso, o portal possibilitará gerar outras informações que não poderiam ser encontradas facilmente nos repositórios individuais das universidades, como os trabalhos feitos em colaboração.

O principal benefício do portal, no entanto, será instituir uma política de publicação de trabalhos científicos em acesso aberto no Estado de São Paulo, ressaltaram os participantes de uma mesa-redonda sobre políticas públicas de acesso aberto realizada no dia 7 de outubro, que integrou a programação da 4ª Confoa.

“O lançamento do Repositório da Produção Científica do Cruesp é essencial para o funcionamento de uma política de publicação de resultados de pesquisas científicas financiadas com recursos públicos em acesso aberto, como a que a FAPESP está instituindo, porque garante o autoarquivo de artigos publicados por pesquisadores da USP, Unicamp e Unesp nos repositórios dessas instituições, vencido o período de embargo estabelecido pelas revistas científicas nas quais os trabalhos foram publicados”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP durante o evento.

De acordo com Brito Cruz, inicialmente a FAPESP exigirá dos pesquisadores que tiveram seus trabalhos financiados pela Fundação que, após publicarem os resultados de pesquisas apoiadas nas revistas científicas que escolheram, disponibilizem o artigo em um repositório (pessoal ou institucional) de acesso aberto o mais rápido possível após o término do período de embargo (que varia de uma publicação científica para outra).

“Estamos implantando a primeira fase da política de publicação de resultados de trabalhos científicos apoiados pela FAPESP, que é relativamente suave, porque diz ao pesquisador que ele pode publicar seus trabalhos onde quiser, mas em um prazo mais breve possível deve disponibilizá-los em um repositório de acesso aberto”, avaliou.

Brito Cruz ressalvou que esse trabalho de disponibilização dos artigos científicos em repositórios de acesso aberto deve ser feito pelas próprias universidades às quais os pesquisadores estão vinculados, de modo que eles não tenham que interromper suas atividades de pesquisa por esse motivo.

“Isso tem que ser feito pelas instituições porque, se criarmos mais esse ônus para o tempo do pesquisador, ele terá menos tempo para se dedicar à pesquisa”, ponderou.

Segundo Brito Cruz, além do acesso aberto a artigos científicos de pesquisas financiadas pela FAPESP, a Fundação analisa formas de implementar o acesso aberto aos dados que geraram os resultados obtidos nos estudos para que toda a comunidade científica possa utilizá-los, como já faz o Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Recuperação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo (BIOTA-FAPESP).

Estabelecido pela FAPESP em 1999 para conhecer, mapear e analisar a biodiversidade paulista, o programa possui uma base de dados aberta – o Sinbiota –, abastecida continuamente de informações levantadas por pesquisadores que tiveram projetos financiados, como dados georreferenciados de coleta, descrição de espécies e mapas de localização, entre outras.


Experiências estrangeiras

A mesa-redonda também contou com a participação de Heather Joseph, diretora executiva da Scholarly Publishing and Academic Resources Coalition (Sparc), dos Estados Unidos, e João Nuno Ferreira, da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), de Portugal, que relataram as experiências dos respectivos países na implementação de políticas públicas de acesso aberto.

De acordo com Joseph, o National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos, foi a primeira instituição do país norte-americano a adotar uma política de acesso aberto à informação em 2009 em nível nacional.

Em fevereiro, o governo norte-americano emitiu uma diretiva estabelecendo que outras 20 agências federais do país também desenvolvessem políticas de publicação de informação em acesso aberto, de forma que o público em geral também tivesse acesso aos resultados de pesquisas financiadas com recursos públicos.

A diretiva foi resultado de uma petição pública, que coletou no prazo de 13 dias 65 mil assinaturas de defensores do acesso aberto aos resultados de pesquisas financiadas com recursos públicos, além da própria iniciativa do governo federal que, com a diminuição dos investimentos em pesquisa por causa da crise econômica, pretende mostrar aos contribuintes que os recursos do Tesouro norte-americano são gastos de maneira responsável, contou Joseph.

“Ficamos contentes com essa diretiva emitida pela Casa Branca, mas ela ainda não é uma regulamentação; trata-se de uma sugestão para as agências federais dos Estados Unidos e esses órgãos não sofrerão consequências se não adotarem políticas de acesso aberto às informações”, queremos que o acesso aberto se torne uma lei nos Estados Unidos”, disse Joseph.

Já em nível estadual, nos últimos meses os Estados de Illinois, Califórnia e, mais recentemente, Nova York, demonstraram interesse em implementar políticas de acesso aberto a informações geradas por suas respectivas universidades e instituições de pesquisa.

“Estamos um pouco atrasados em relação às universidades brasileiras, mas vemos um grande aumento no número de universidades norte-americanas interessadas em implementar políticas de acesso aberto à informação. É a primeira vez que os Estados Unidos discutem proposta de implementação de políticas de acesso aberto, ao mesmo tempo, em níveis federal e estadual e no Poder Executivo”, afirmou.contou Joseph. 

Por sua vez, a FCT de Portugal – com a qual a FAPESP assinou no início de outubro um memorando de entendimento –, anunciou a implementação de sua política de acesso aberto em outubro de 2012, durante a 3ª edição da Confoa, realizada em Lisboa.

A política da instituição estabelece que os resultados de pesquisas realizadas com financiamento total ou parcial da FCT devem ser depositadas no Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Recap) tão logo expire o período de embargo.

“O Recap tem um papel fundamental na política de acesso aberto à informação da FCT, e a comunicação de que os resultados das pesquisas financiadas pela instituição devem ser publicados posteriormente no repositório é feita ao pesquisador no momento em que submete seus projetos à FCT”, contou Ferreira.


Fonte: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.



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Marcelo Gil é Corretor de Imóveis desde 1998, registrado no Cadastro Nacional de Avaliadores do Cofeci. Especialista em Financiamento Imobiliário e Perito em Avaliações Imobiliárias com atuação no Poder Judiciário do Estado de São Paulo. Pós-graduando em Docência no Ensino Superior no Centro Universitário SENAC. Gestor Ambiental, inscrito no Conselho Regional de Química da IV Região, graduado pela Universidade Católica de Santos com Menção Honrosa na área ambiental, atribuída pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas - IPECI, pela construção e repercussão internacional do Blog Gestão Ambiental da Unisantos. Técnico em Turismo Internacional desde 1999. Pesquisador. Agente Intermediador de Negócios. Associado a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor - ProTeste. Associado ao Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - IDEC. Membro da Academia Transdisciplinaria Internacional del Ambiente - ATINA; Membro da Estratégia Global Housing para o Ano 2025. Membro do Fórum Urbano Mundial - Urban Gateway. Membro da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis. Membro do Grupo de Pesquisa 'Direito e Biodiversidade' da Universidade Católica de Santos. Membro da Rede de Educação Ambiental da Baixada Santista - REABS. Filiado a Fundação SOS Mata Atlântica e Colaborador do Greenpeace Brasil.


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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Brasileiros são eleitos fellows da World Academy of Sciences





Onze pesquisadores brasileiros foram eleitos nesta semana fellows da World Academy of Sciences – for the advancement of science in developing countries (TWAS), na sigla em inglês.

A associação que promove o avanço da ciência em países em desenvolvimento elegeu 52 novos membros (46 fellows e seis associate fellows) em sua 24ª reunião geral, ocorrida em Buenos Aires, na Argentina, na terça-feira (01/10). O Brasil foi o segundo país com o maior número de fellows eleitos em 2013, atrás apenas da Índia, que teve 12 eleitos.

Na área de Agricultura, entre os quatro eleitos, está Ricardo Antunes de Azevedo, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), pesquisador responsável por um Projeto Temático com apoio FAPESP.

Na área de Biologia Molecular, Celular e Estrutural, foi eleita Helena Nader, professora titular da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e membro da Coordenação de Área de Biologia da FAPESP. A professora Vanderlan Bolzani, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), está entre os sete eleitos na área de Química.

Entre os quatro eleitos na área de Ciências Matemáticas estão dois pesquisadores que atuam no Brasil: Ivan Chestakov, professor do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP, pesquisador responsável pelo projeto temático Álgebras, representações e aplicações, e Artur Oscar Lopes, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O professor da Unesp Nathan Berkovitz, diretor do International Centre for Theoretical Physics (ICTP) South American Institute for Fundamental Research, e o professor do Instituto de Física da USP Adalberto Fazzio, pesquisador responsável por um Projeto Temático com apoio da FAPESP, estão entre os sete eleitos da área de Física.

Entre os 11 brasileiros eleitos estão ainda Luiz Drude Lacerda, da Universidade Federal do Ceará (área de Sistemas Biológicos e Organismos); Maurício Barreto, da Universidade Federal da Bahia (área de Ciências Médicas e da Saúde); Eduardo Luiz Damiani Bica, da UFRGS, e Alexander Kellner, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ambos da área de Astronomia, Espaço e Ciências da Terra).

Fundada em 1983 em Trieste, na Itália, a academia científica internacional TWAS foi lançada oficialmente pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1985.

Seus fellows vivem e trabalham em países em desenvolvimento e representam 85% de seus integrantes. Já os associate fellows atuam em países desenvolvidos.


Fonte: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.



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Marcelo Gil é Corretor de Imóveis desde 1998, registrado no Cadastro Nacional de Avaliadores do Cofeci. Especialista em Financiamento Imobiliário e Perito em Avaliações Imobiliárias com atuação no Poder Judiciário do Estado de São Paulo. Pós-graduando em Docência no Ensino Superior no Centro Universitário SENAC. Gestor Ambiental, inscrito no Conselho Regional de Química da IV Região, graduado pela Universidade Católica de Santos com Menção Honrosa na área ambiental, atribuída pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas - IPECI, pela construção e repercussão internacional do Blog Gestão Ambiental da Unisantos. Técnico em Turismo Internacional desde 1999. Pesquisador. Agente Intermediador de Negócios. Associado a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor - ProTeste. Associado ao Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - IDEC. Membro da Estratégia Global Housing para o Ano 2025. Membro do Fórum Urbano Mundial - Urban Gateway. Membro da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis. Membro do Grupo de Pesquisa 'Direito e Biodiversidade' da Universidade Católica de Santos. Membro da Rede de Educação Ambiental da Baixada Santista - REABS. Filiado a Fundação SOS Mata Atlântica e Colaborador do Greenpeace Brasil.


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