segunda-feira, 6 de maio de 2013

Pesquisadores brasileiros participam de projetos de alta tecnologia em Portugal


Imagem meramente ilustrativa


Lisboa – Para pesquisadores brasileiros, a opção de estudar e trabalhar em Portugal vai além da facilidade de ter o mesmo idioma. As condições dos laboratórios, o acesso a recursos e a facilidade de contato com cientistas da União Europeia têm levado muitos brasileiros a se fixar em terras lusitanas.

Há sete anos em Portugal, José Augusto Soares Prado faz o pós-doutorado no Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e participa do desenvolvimento de um robô interativo (que tem até com expressões faciais) que possa auxiliar nas atividades cotidianas e domésticas.

"Vejo muitas vantagens em estar aqui em relação aos equipamentos. Há mais conexão com outros países da Europa. Para publicar e viajar é mais fácil, estamos mais perto. Tem projetos que financiam as viagens, podemos ter contato com bons institutos na Alemanha, França, Inglaterra. Esse contato, no Brasil, existe, mas é um pouco mais difícil”, argumenta.

Para ele, o fato de Portugal ser membro da União Europeia viabiliza a participação em grandes projetos com financiamento garantido e envolvimento de diferentes centros de pesquisa e empresas.

Um exemplo disso é o projeto Handle, iniciativa com orçamento total de 6 milhões de euros e que mobiliza investigadores da Universidade de Coimbra e cientistas da França, Espanha, Suécia, Alemanha e Reino Unido, além de uma empresa de robótica de Londres, para criar uma mão robótica semelhante à mão humana, capaz de reconhecer e manipular diferentes objetos.

“Nós conseguimos estar em contato com universidades de alto nível, com cientistas conceituados”, acrescenta o brasileiro Diego Faria, que fez seu doutorado no ISR e participa do Handle nos estudos sobre a percepção (tato e visão) de objetos pelos humanos e no desenvolvimento de modelos matemáticos (algoritmos) sobre as inúmeras possibilidades de movimento que calibrem o software da mão robótica. Segundo ele, a relação com empresas viabiliza o desenvolvimento industrial para a aplicação da automação.

Além da pesquisa aplicada e próxima ao desenvolvimento de produtos, em Portugal também há espaço para quem se dedica à pesquisa básica, “que tem valor criativo e gera possibilidades de tecnologias”, como disse o psicólogo Gustavo Borges Moreno e Mello que estuda a “percepção do tempo como habilidade fundamental para atribuir causalidade dos eventos” no Centro de Investigação da Fundação Champalimaud, em Lisboa.

A fundação é uma referência mundial no campo da biomedicina. “Aqui trabalham pessoas que estão na crista da onda e são reconhecidas. Circula muita informação e trabalho com pessoas que sabem filtrar essas informações”, diz o carioca Gustavo, que há seis anos está em Portugal e acha Lisboa “uma versão europeia do Rio de Janeiro”.

Além dele há outros cinco brasileiros na fundação. É o caso de Tiago Gouveia, que participa de pesquisas sobre aprendizagem.

Segundo ele, “apesar de Portugal, como o Brasil, não ser visto como centro forte para pesquisa, há condições materiais para se produzir ciência: dinheiro, acesso à tecnologia e menos burocracia”.

Ele começou a vida acadêmica no Brasil e acredita que vá regressar, mas quer ver isso como um passo adiante na sua carreira. “Pretendo voltar para o Brasil e dar minha contribuição lá, mas não quero ver isso como um passo atrás. Pelo contrário, gostaria de pensar que voltar ajudaria a trazer o Brasil para esse estágio”.

O regresso ao Brasil é cogitado até por quem vive há 16 anos em Portugal (desde a adolescência), como a bióloga Márcia Aranha.

“Voltar para o Brasil é sempre uma possibilidade que está colocada na mesa. De longo prazo não posso dizer que não considero”. Ela também vê várias vantagens em pesquisar em Portugal, mas considera fundamental escolher o lugar de acordo com o interesse de pesquisa e trabalhar com pessoas de quem goste.


Fonte: Agência Brasil.


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Marcelo Gil é Corretor de Imóveis desde 1998. Especialista em Financiamento Imobiliário e Perito em Avaliações Imobiliárias com atuação no Poder Judiciário do Estado de São Paulo. Pós-graduando em Docência no Ensino Superior no Centro Universitário SENAC. Graduado em Gestão Ambiental pela Universidade Católica de Santos com Menção Honrosa na área ambiental, atribuída pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas - IPECI, pela construção e repercussão internacional do Blog Gestão Ambiental da UniSantos. Técnico em Turismo Internacional desde 1999. Pesquisador. Agente Intermediador de Negócios. Associado a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor - ProTeste. Associado ao Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - IDEC. Membro da Estratégia Global Housing para o Ano 2025. Membro do Fórum Urbano Mundial - Urban Gateway. Membro da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis. Membro do Grupo de Pesquisa 'Direito e Biodiversidade' da Universidade Católica de Santos. Membro da Rede de Educação Ambiental da Baixada Santista - REABS. Filiado a Fundação SOS Mata Atlântica e Colaborador do Greenpeace Brasil.


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